A 26 de Julho de 1929, são eleitos os novos órgãos sociais da AFS, assim constituídos: Assembleia Geral – presidente, Mário Nobre; vice, Miguel Vaz Mourão; secretários, José Madeira e Gabriel Ferreira. Direção – presidente, Alfredo da Silva Leitão; vice, Jorge Martins; secretários, António Costa e João Ferreira; tesoureiro, Carlos Marques; vogais, Veradiano Gomes e Joaquim Cunha; Conselho Fiscal, José Maria Antunes, Austriachiniano Arruda e Joaquim Garcia.

Na mesma reunião, Veradiano propõe que “o Sr. Cândido de Oliveira, delegado da AFS junto a União Portuguesa de Foot-Ball, seja substituído pelo nosso conterrâneo José Neves”, proposta que seria aprovada por maioria.

Na reunião seguinte, a 9 de agosto, Arlindo Amorim, representante do Torres Novas, pede explicações sobre o castigo imposto ao seu clube pela AFS. Responde Vigário pela Direção: “A AFS castigou o Club Torres Novas e o Sporting de Tomar, por não comparência ao desafio final do Campeonato do Distrito, sem prévia justificação”. Informou ainda da petição que “aqueles dois clubes fizeram horas antes do desafio oficial para jogarem um encontro amigável”. Aparentemente, o Torres Novas Foot-Ball Clube era reincidente em desvalorizar os jogos oficiais a favor dos amigáveis, pelo que teve que se conformar com o castigo, o que não impede que venha a ser o vencedor do Campeonato Distrital nessa época.

Mas no ponto seguinte, relativo à questão financeira, Arlindo Amorim voltava à carga pelo facto de a Direção da AFS ainda não ter pago o saldo de que o Torres Novas era credor relativamente à partilha da bilheteira A responsabilidade do atraso acabou atribuída ao 1º secretário, José Guimarães, ausente há 3 meses da Associação. Arlindo insiste, porém, no tema e refere que terá sido informado que o jogo do Torres Novas com “Os Leões” terá rendido 3000$00 de bilheteira. Aqui, travam-se de razões e João Fragoso lamenta a atitude de certa imprensa local, “nomeadamente o jornal Almonda, e Torres Novas, que dá guarida à má fé e à calúnia, em linguagem de arrieiro”. É possível que este artigo que a AFS considerava tão ofensivo tenha sido escrito pelo Padre Maya, sócio nº 1 do Torres Novas Foot-Ball Clube, sempre de pena acerada na defesa dos interesses do seu clube.