“A arbitragem passou de obrigação a paixão”
No Dia do Pai, a Associação de Futebol de Santarém falou com a árbitra de futsal, Maria Leonor Carvalho, que já arbitrou jogos com o pai, Filipe Carvalho
Ser árbitros hoje-em-dia não é uma tarefa fácil. Muito menos quando se vai dirigir um jogo com o filho. A Associação de Futebol de Santarém falou com a árbitra de futsal Maria Leonor Carvalho e ficou a saber como é que chegou à arbitragem e como é arbitrar ao lado do seu pai, Filipe Carvalho.
“Há dias que corre muito bem e outros que andamos simplesmente às turras. Ele é uma pessoa séria e eu sou aquela filha que está sempre pronta para a brincadeira”, conta, recordando o momento em que uma vez começou a dançar nos balneários, antes de entrar em campo, e o seu pai lhe começou a chamar a atenção.
Maria Leonor Carvalho admite que nunca foi muito virada para o desporto e muito menos para corridas. Mas, aos 14 anos, tudo mudou quando o seu pai, Filipe Carvalho, árbitro de futsal, a obrigou a inscrever-se no curso de arbitragem. “Nos primeiros dois anos não gostava nada daquilo. Tenho a certeza que só me inscrevia no início de cada época por causa dele, pois sabia que ele gostava bastante daquilo”, admite Maria Leonor Carvalho.
A jovem árbitra adianta que um dos momentos que não vai esquecer foi quando o seu pai lhe perguntou se gostava de arbitrar com ele o jogo de iniciados nas Moreiras Grandes. Na altura a jovem estava prestes a concluir o curso de arbitragem e, por isso, ainda não se sentia confiança para entrar em campo e desempenhar tais funções. “Na altura, o meu pai descansou-me que ia correr bem, mas fui nervosa na mesma para aquele jogo”, lembrou.
Ao todo, até agora Maria Leonor Carvalho já arbitrou com o seu pai duas finais de juvenis e uma final de juniores. “Hoje, posso dizer que se estou a fazer algo que adoro é tudo graças ao meu pai. Espero que continuemos este percurso ainda por muitos anos e que nunca falte diversão”, conclui.